sábado, 27 de novembro de 2010


Pássaro preso





Faça de mim aquilo que quiseres,

Sacie tua carne, teus desejos.

Tua intenção, seja qual lá tiveres,

Minha hora é submissa a teus ensejos.



Mas por favor, aquilo que me deres,

Não diga a teus amores andarejos.

Não tens idéia o quanto me feres,

Quando contas ao mundo dos meus beijos...



De ti já quis me livrar, fugir, porém,

Ao ver as ilusões que a liberdade tem

Somente uma certeza enfim obtive;



É que sou qual uma ave de gaiola

Que ao soltar-se, vai ao céu, voa, decola,

Mas fora da prisão não sobrevive.



Jenario de Fátima

Nenhum comentário:

Postar um comentário